Os vídeos têm vindo a ganhar destaque nas estratégias de marketing. O vídeo marketing consegue acompanhar a audiência nas diferentes etapas da buyer’s journey.
Com o vídeo certo conseguimos atrair, entreter, criar um relacionamento, vender o nosso produto ou serviço e reter os nossos clientes, fidelizando-os. São diversos os estudos que comprovam o valor do video marketing, através de números que impressionam:
- O vídeo será responsável por 82% de todo o tráfego da Internet (Cisco);
- 90% dos consumidores são influenciados por vídeos na decisão de compra (Forbes, via Vidyard);
- Colocar um vídeo no email marketing aumenta a taxa de clique em até 300% (MarTech Advisor);
- Nas redes sociais, os vídeos geram 1200% mais partilhas do que texto e imagens juntos (Brightcove, via Adelie Studios);
- Um vídeo numa landing page pode aumentar as conversões em mais de 80% (Visually, via Adelie Studios).
Ao longo deste guia, vamos explicar:
- O que é o vídeo marketing;
- As vantagens de inserir esta estratégia digital no seu plano global de marketing e
- Elementos-chave a considerar numa estratégia de video marketing.
No vídeo da Vidyard que a seguir apresentamos, poderá saber de forma resumida tudo o que deve considerar e decidir, antes de prosseguir para uma estratégia de video marketing.
Estruturamos o conteúdo deste guia em três fases: pré-produção, produção e pós-produção. Comecemos então pela fase de pré-produção.
Fase 1. Pré-produção: como definir um plano de vídeo marketing
Pense na pré-produção como a fase ideal para o planeamento. Antes de acender as luzes, pressionar o play e gritar ação, é importante que invista algum tempo a definir o papel que o vídeo vai desempenhar na sua estratégia global de marketing digital.
Podemos ter como meta fortalecer a imagem da marca, entreter e educar o público ou apoiar as vendas no digital.
Defina então o objetivo principal do vídeo e liste os recursos que irá precisar. Responda a algumas perguntas, como por exemplo:
O que quer que este vídeo inspire as pessoas a fazer?
- Conhecer ou promover a sua marca?
- Conhecer ou comprar um produto/serviço?
- Inscrever-se num evento?
- Ler um post no seu blog ou fazer download de um recurso?
- Subscrever a sua newsletter?
Que recursos tenho para criar o vídeo?
- Talento?
- Editores de vídeo?
- Equipamento?
- Estúdio?
Para que fase da buyer’s journey quero comunicar com
o vídeo?
- Atração?
- Consideração?
- Decisão?
- Fidelização
Formular respostas a estas questões vai ajudar a que afunile as inúmeras possibilidades, orientando todo o seu esforço para o cumprimento do seu objetivo. Neste âmbito a variável recursos costuma ditar a viabilidade e o sucesso deste tipo de ações multimédia.
Vamos supor que pretende dar a conhecer o seu novo produto/serviço. No entanto, o único equipamento que dispõe para produzir o vídeo é o seu smartphone e os seus recursos humanos, embora colaborativos, denotam alguma inexperiência técnica.
É importante que encare o vídeo tal como ele é - uma das mais potentes ferramentas de Marketing, e como tal recomenda-se que seja concebido com a supervisão ativa de especialistas.
Filmar no exterior é muitas vezes uma excelente opção, no entanto obriga à utilização de equipamentos de som e luz profissionais.
Por outro lado, filmar em estúdio é ótimo porque proporciona uma enorme flexibilidade em termos de edição de imagem, porém implica o manuseamento de diversos equipamentos profissionais. É por isso muito importante ponderar sobre os recursos necessários para a sua estratégia de vídeo marketing antes de prosseguir. Pesquise cuidadosamente sobre as várias soluções profissionais no mercado.
Verifique se o conteúdo do seu vídeo está alinhado com a buyer’s journey
Regressamos agora ao vídeo em si. Já decidiu sobre o objetivo do seu vídeo (ex. dar a conhecer o seu novo produto/serviço) e o local onde quer que as pessoas acedam (ex. página de produto/serviço do website). A sua ideia é, por exemplo, que o vídeo desperte curiosidade e que leve as pessoas a contactar a sua empresa (na buyer journey este comportamento insere-se na fase de consideração). Agora interessa definir o tipo de conteúdo mais atrativo para cativar o visitante.
Neste sentido deixamos-lhe algumas dicas que ajudam a ajustar o conteúdo do seu vídeo ao comportamento que pretende obter.
- Atração: Se pretende atrair pessoas que ainda pouco ou nada sabem sobre o conteúdo que irá partilhar, deve conceber o conteúdo do vídeo numa vertente educativa.
Faz sentido, por exemplo, mencionar quais os problemas que o produto ou serviço resolve, de que forma o faz e que valor acresce ao utilizador. Deve evitar focar-se em características técnicas ou incluir referência a preços ou promoções. Lembre-se que o seu visitante está numa fase de compra muito imatura.
Importante: por norma, um vídeo para a 1ª fase da Buyer Journey deve ser publicado numa plataforma não comercial, com carácter pedagógico. Por isso recomenda-se que partilhe o vídeo num artigo de blog que irá construir sobre o tema, e por fim partilhe o artigo com o vídeo nas suas redes sociais.
- Consideração: Se deseja cativar os utilizadores que já ouviram falar sobre o seu produto/serviço, mas querem saber um pouco mais antes de entrar em contacto, pode focar-se novamente nas vantagens, no valor que promete criar ao utilizador. No entanto nesta altura deverá incluir também uma componente comercial credível à base de testemunhos ou case-studies, que tornem a sua empresa uma escolha a ponderar.
Importante: quando o objetivo é gerar uma lead (um pedido de contacto), interessa-lhe levar o utilizador diretamente ao website. Publique-o na página do produto/serviço dentro do seu website, colocando junto ao vídeo um botão CTA (call-to-action) que o direcione para um formulário de contacto.
- Decisão: Se quer conquistar as pessoas que já pensaram sobre o seu produto/serviço, já entraram em contacto com a sua empresa mas ainda não compraram, então o seu vídeo deve ajudar a acelerar a decisão, recorrendo de forma mais intensa a social proof (testemunhos e case-studies) e incluir algumas passagens sobre passo-a-passo ou uma visita virtual guiada que esclareça e simplifique a solução.
Importante: numa fase em que o utilizador já está a decidir se compra ou não o seu produto, deverá querer orientá-lo para uma landing page que apenas fale sobre esse produto e mostre logo no topo o vídeo em destaque. Vai escolher uma landing page em detrimento de uma página normal do website, porque a landing page não tem navegação e por isso é mais eficaz na conversão.
- Nutrição: Se quiser que o seu vídeo promova uma relação contínua quer com as suas leads quer com os seus clientes ativos, o vídeo sobre o produto/serviço deverá ter um carácter personalizado. Ou seja, ser dirigido especificamente à audiência a que se propõe. O que implica fazer referência a um ou mais elementos que as suas Buyer Personas partilhem.
Imagine por exemplo que o seu produto/serviço se destina a empresas B2B do setor da indústria, no qual as Buyer Personas são com frequência Diretores de Produção ou de Compras. Recomenda-se que ajuste o discurso/conteúdos do vídeo aos pain points dessa população em concreto, para melhor as sensibilizar.
Importante: Uma estratégia de marketing digital adequada para a fase de Nutrição é o Email Marketing, por ser facilmente personalizável. Neste caso, o vídeo será identificado no email com destaque e o clique irá fazer abrir uma Landing Page, que além de conter o vídeo, esclarece ainda mais sobre o tema, incentivando ao contato.
A sua audiência reage de maneira diferente em cada etapa da buyer’s journey
Defina a duração mínima e máxima para o seu vídeo
Poderá perguntar-se nesta altura qual será a duração mais adequada do seu vídeo. Por um lado é um fator importante no que diz respeito ao orçamento desta ação. Por outro, pode determinar o sucesso do vídeo, mediante não só o tipo de pessoas a quem se irá dirigir, mas também as plataformas que escolher para a sua publicação.
É então uma questão muito relevante porque vai ajudar a concretizar toda a sua visão para o vídeo.
Para esta questão a resposta é simples:
Quanto mais se envolver emocionalmente com o seu produto/serviço ou empresa/marca, mais tempo o utilizador estará disponível para despender a ver o vídeo.
Assim sendo, para evitar correr riscos, opte por vídeos curtos (com duração inferior a 2 minutos) sendo que, por exemplo, um vídeo ajustado à fase da Nutrição é certamente muito mais longo do que um vídeo ajustado à fase de Consideração.
Como mencionado acima, há ainda outro aspeto a considerar. Não só devemos ter em atenção à fase da Buyer Journey como às plataformas de destino do vídeo. Falamos por exemplo das diferentes redes sociais, que face à sua natureza ou características poderão exigir uma adequação na duração do vídeo.
Dependendo do formato do vídeo, poderá implicar termos mais do que uma versão, provavelmente uma versão original para o website/Blog, uma versão reduzida para o Facebook (entre 30 a 90 seg) e uma 3ª versão ainda mais curta para o Instagram (até 30 seg).
Consulte no vídeo que a seguir apresentamos, mais informações úteis sobre a duração mais adequada dos vídeos, consoante a plataforma-destino respetiva.
E terminamos por aqui a 1ª parte deste Guia de vídeo marketing. No próximo artigo iremos abordar dois temas muito relevantes para o sucesso desta estratégia digital - Formatos de Vídeos e StoryBoard (ou Guião). Deixamos-lhe algumas das questões que iremos esclarecer:
- Quais são os formatos de vídeos que mais eficácia têm demonstrado online?
- Quais são os formatos de vídeo mais indicados para respetivamente atrair, converter ou nutrir clientes?
- Para que serve e como se faz um guião de vídeo?
Até breve e boa leitura.